terça-feira, 19 de abril de 2011

Entenda
como o amor gratuito de Deus trouxe a salvação ao homem por meio da
cruz de Cristo“Ele, que foi entregue pelo conselho determinado pela
presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o pelas mãos de
ímpios.”
(At
2.23.)O processo que culminou na sentença da morte de Jesus estava
eivado de muitos e gritantes erros. As autoridades judaicas tropeçaram
nas suas próprias leis e atropelaram todo o processo no mais importante
julgamento do mundo. Tanto a sua prisão no Getsêmani como seu
interrogatório diante do Sinédrio revelaram grandes deficiências na
condução do processo. Na verdade, as autoridades já haviam decidido
matar Jesus antes mesmo de interrogá-lo (Mc 14.1; Jo 11.47-53). Elas
haviam decidido fazer isso depois da festa da Páscoa, para evitarem uma
revolta popular (Mc 14.2). A atitude de Judas de entregar Jesus, porém,
adiantou o intento deles (Mc 14.10,11). O processo, assim, não passou de
um simulacro de justiça desde o princípio até o fim, pois não tinha
outra finalidade senão dar uma aparência de legalidade ao crime já
predeterminado. As leis judaicas não permitiam um prisioneiro ser
interrogado pelo Sinédrio à noite. No dia antes de sábado ou de uma
festa, todas as sessões estavam proibidas. Nenhuma pessoa podia ser
condenada senão por meio do testemunho de duas testemunhas, mas eles
contrataram testemunhas falsas. O anúncio de uma pena de morte só podia
ser feito um dia depois do processo. Nenhuma condenação podia ser
executada no mesmo dia, mas eles sentenciaram Jesus à morte durante a
noite e logo cedo o levaram a Pilatos para que este lavrasse sua pena de
morte. A reunião do Sinédrio que sentenciou Jesus à morte foi ilegal,
uma vez que ocorreu à noite, e o método usado também foi ilegal, visto
que eles ouviram testemunhas contra Jesus. John Stott, em seu livro A cruz de Cristo,
diz que Jesus passou por dois julgamentos: um eclesiástico e outro
civil. O primeiro aconteceu nas mãos dos judeus; o segundo, nas mãos dos
romanos. No tribunal judaico, apresentou-se uma acusação teológica
contra Jesus: blasfêmia. No tribunal romano, a acusação era política:
sedição. Os judeus o acusaram por se identificar como Filho de Deus, e
os romanos o acusaram por se identificar como rei dos judeus. Assim,
acusaram Jesus de delito contra Deus e contra César. Tanto no tribunal
judaico como no romano, seguiu-se certo procedimento legal: 1) a vítima
foi presa; 2) a vítima foi acusada e interrogada; 3) chamaram-se
testemunhas; 4) então, o juiz deu o seu veredicto e pronunciou a
sentença. Mas Jesus não era culpado das acusações, as testemunhas eram
falsas, por isso a sentença de morte foi um horrendo erro judicial.Tanto
o julgamento judaico quanto o romano tiveram três estágios. O
julgamento judaico foi aberto por Anás, o antigo sumo sacerdote (Jo
18.13-24). Em seguida, Jesus foi levado ao tribunal pleno para ouvir as
testemunhas (Mc 14.53-65), então, na sessão matutina do dia seguinte,
para o voto final de condenação (Mc 15.1). Jesus foi, então, enviado a
Pilatos (Mc 15.1-5; Jo 18.28-38), que o enviou a Herodes (Lc 23.7-12),
que o mandou de volta a Pilatos (Mc 15.6-15; Jo 18.39-19.6). Pilatos
atendeu ao clamor da multidão e entregou Jesus para ser crucificado. É
importante ressaltar, porém, que Jesus foi para a cruz não apenas porque
os judeus o entregaram por inveja, ou porque Judas o traiu por
dinheiro, nem mesmo porque Pilatos o condenou por covardia. Cristo foi
para a cruz porque o Pai o entregou por amor (Rm 8.32). Cristo foi para a
cruz porque ele se entregou a si mesmo por nós voluntariamente (Jo
10.18; Gl 2.20), não levando em conta a ignomínia da cruz pela alegria
que lhe estava proposta, a alegria de conquistar-nos com seu amor e
salvar-nos por sua graça (Hb12.2). Destacamos três verdadeiras preciosas
sobre a morte de Cristo:1.
      Ela foi decidida na eternidade, e não no tempo (Ap 13.8).A
morte de Cristo não foi um acidente; foi uma agenda. A cruz estava
incrustada no coração de Deus antes de ser erguida no Gólgota. O
Cordeiro de Deus foi morto desde a fundação do mundo. Na mente e nos
decretos de Deus, a morte de Cristo já estava lavrada desde a
eternidade. Cri

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